No Grande Recife, o uso de réplicas de armas com projéteis de bolas de gel, popularmente conhecidas como "gel blasters", tornou-se uma prática amplamente difundida entre os jovens. Apesar da diversão, as consequências têm sido alarmantes, com pelo menos 30 casos de lesões oculares registrados recentemente, segundo autoridades de saúde.
Inmetro: Não São Brinquedos
Em nota oficial publicada em seu site, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) reafirmou que esses dispositivos não se enquadram na definição de brinquedos estabelecida pela Portaria nº 302, de 2021.
Regulamentação do Inmetro:
Advertências e Requisitos de Segurança
Mesmo não sendo considerados brinquedos, as réplicas de armas estão sujeitas a normas específicas que proíbem sua comercialização como itens infantis.
Normas Relevantes do Inmetro:
João Nery, diretor de Avaliação da Conformidade do
Inmetro, destacou:
“Réplicas de armas com projéteis de bolas de gel não são classificadas como
brinquedos, conforme regulamentação vigente.”
Além disso, qualquer tentativa de comercializar esses itens como brinquedos, especialmente com o Selo de Conformidade do Inmetro, é considerada irregular.
Preocupações com Segurança e Saúde Pública
Especialistas têm alertado para os riscos associados ao uso indevido das gel blasters, principalmente em áreas urbanas e por adolescentes sem supervisão. O aumento nos casos de lesões oculares é um exemplo claro das consequências dessa prática.
Casos como o de uma criança de 9 anos em Paulista, que precisou passar por cirurgia emergencial após ser atingida no olho direito durante uma brincadeira, ilustram a gravidade do problema.
Ação contra Comercialização Irregular
O presidente do Inmetro, Márcio André Brito, incentivou a população a denunciar irregularidades na comercialização de réplicas de armas.
Como Denunciar:
Denúncias podem ser feitas pela Ouvidoria do Inmetro por meio do portal FalaBR.
Conclusão: A Urgência de Regulamentação e Consciência Social
Embora o uso das gel blasters não seja considerado crime pela ausência de legislação específica, o impacto de seu uso desregulado já é evidente. O posicionamento do Inmetro reforça a necessidade de regulamentação e conscientização sobre os riscos envolvidos.
Com a popularidade crescente dessas réplicas, é essencial que consumidores, autoridades e empresas ajam de forma responsável para evitar tragédias e garantir a segurança pública.