Um passageiro foi preso em flagrante no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre, na Zona Sul do Recife, ao tentar embarcar para Portugal com cocaína escondida em três garrafas de rum. A ação ocorreu por volta das 0h20 da terça-feira (1º de abril), durante uma fiscalização de rotina realizada pela Polícia Federal em Pernambuco (PF/PE).

O suspeito é um atendente de lanchonete de 25 anos, natural de Bom Conselho, no Agreste de Pernambuco, e residente em Arapiraca, no interior de Alagoas.

Segundo a PF, ele demonstrou nervosismo, inquietação e impaciência ao ser abordado pelos agentes, o que levantou suspeitas e motivou uma entrevista prévia.

Droga estava camuflada como bebida alcoólica

Durante o procedimento padrão de fiscalização, algumas bagagens foram separadas para verificação no aparelho de raios-x. Em uma das malas, os agentes identificaram três garrafas de bebida alcoólica (rum), cujo interior apresentava materiais orgânicos suspeitos.

Na presença do proprietário da mala, os policiais abriram os recipientes e encontraram uma substância pastosa, que após análise com narcoteste, testou positivo para cocaína. A quantidade total da droga era de 2,4 kg.

Destino era Portugal; pagamento seria em euros

Durante o interrogatório, o suspeito afirmou que pegou a droga na Bolívia e pretendia levá-la até Portugal, onde receberia € 2.000 pelo transporte – valor equivalente a cerca de R$ 12 mil na cotação atual. No entanto, ele não forneceu detalhes sobre quem o aliciou ou como foi recrutado para a ação.

Além da droga, a PF apreendeu também:

• Passagem aérea internacional
• Um aparelho celular
• A quantia de € 935 (cerca de R$ 5.768), que seria utilizada para custear a viagem

Autuação, audiência de custódia e possível pena

O atendente foi autuado por tráfico internacional de entorpecentes na sede da Superintendência da Polícia Federal no Cais do Apolo, no Recife Antigo. Antes disso, ele passou por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML).

Após a audiência de custódia, o suspeito foi liberado para responder ao processo em liberdade. Caso venha a ser condenado, poderá pegar uma pena que varia de 5 a 20 anos de reclusão, conforme a legislação brasileira para crimes de tráfico internacional de drogas.