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Crimes contra a Compesa deixam cidades de Pernambuco sem água e geram prejuízos milionários

Em apenas uma semana de 2025, duas grandes ações criminosas provocaram desabastecimento em várias regiões do estado; companhia reforça operações e investigações seguem em andamento

Publicada em 19/04/25 às 13:47h - 810 visualizações

por Juventude Popular


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Companhia é alvo de crimes frequentemente  (Foto: Divulgação/Compesa)

Os crimes contra a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) atingiram um novo patamar de gravidade em 2025, com duas grandes ações criminosas em uma única semana. As ocorrências afetaram diretamente o abastecimento de água em diversas cidades do estado, reforçando a urgência no combate ao furto de água e ao vandalismo contra estações da companhia.

Apenas em 2024, a Compesa realizou 16 operações de combate às fraudes e ligações clandestinas, registrando prejuízo mensal de mais de R$ 1,5 milhão. Para enfrentar essa realidade, foi criada, no ano passado, a Coordenação de Patrimônio, responsável por intensificar a fiscalização e atuar em parceria com as Polícias Civil e Militar.

Sertão: mais de 500 ligações clandestinas retiradas e 15 litros por segundo recuperados

Uma das ações mais impactantes aconteceu no Sertão pernambucano, onde a Compesa identificou 540 ligações clandestinas durante uma grande operação. As fraudes beneficiavam chácaras, loteamentos irregulares e plantios agrícolas, desviando água da tubulação que abastecia um assentamento com 40 famílias.

Durante a ação, uma pessoa foi presa em flagrante com um esquema completo de bombas e mangueiras para irrigação ilegal. A água furtada era usada em dois hectares de cultivo de cana-de-açúcar, feijão, milho, hortaliças, além da criação de carneiros, porcos e galinhas.

Segundo a Compesa, o volume de água recuperado — 15 litros por segundo — seria suficiente para abastecer até sete mil pessoas por mês, evidenciando o impacto direto da ação criminosa sobre a população local.

Caixas d'água e abastecimento irregular de carros-pipa também foram encontrados

Outro fato alarmante foi a descoberta de duas grandes caixas d’água, usadas para abastecer ilegalmente carros-pipa, o que evidencia um esquema estruturado de furto e redistribuição da água roubada. Ao todo, foram vistoriados 35 quilômetros de tubulações nessa primeira fase da operação, que terá continuidade em breve.

A empresa calcula um prejuízo direto de R$ 160 mil apenas nesta ação. Boletins de Ocorrência foram registrados, e as investigações seguem em andamento com o objetivo de identificar e responsabilizar os demais envolvidos.

Invasão em Ipojuca causa desabastecimento em várias localidades do Litoral Sul

Enquanto o Sertão sofria com o furto de água, o Litoral Sul do estado foi atingido por outra grave ocorrência: cinco criminosos encapuzados e armados invadiram a Estação Elevatória de Bita, no município de Ipojuca. A ação ocorreu na quarta-feira (16), por volta das 19h30, quando o grupo rendeu um vigilante e um operador, roubando fiações, componentes elétricos e danificando parte da estrutura da unidade.

A ação foi flagrada por câmeras de segurança, que registraram os suspeitos arrastando os fios furtados. O crime foi classificado como roubo em estabelecimento de serviço e é investigado pela Polícia Civil.

O furto comprometeu o funcionamento do Sistema Suape, formado pelas barragens de Bita e Utinga, deixando várias localidades sem abastecimento, entre elas:

  • Nossa Senhora do Ó
  • Gaibu
  • Praia de Suape
  • Vila Nazaré
  • Ipojuca (área plana)
  • Muro Alto
  • Porto de Galinhas
  • Distrito Industrial de Suape

Com a Estação Bita fora de operação, apenas a barragem de Utinga está funcionando, o que reduz significativamente a produção de água na região.

Medidas para conter os crimes e reforçar a segurança patrimonial

Apesar da presença de segurança armada, câmeras e concertinas, os criminosos conseguiram acessar a estação. Como resposta, a Compesa anunciou a substituição de toda a fiação elétrica de cobre por alumínio, que não possui valor comercial e, portanto, não atrai furtos.

A companhia também reforça o apelo à população: fazer ligações clandestinas é crime, previsto no artigo 155 do Código Penal. Denúncias podem ser feitas de forma anônima, com garantia de sigilo, pelo telefone 0800 081 0195.

População continua sendo a principal prejudicada

A Compesa enfatiza que o maior prejuízo desses crimes não é apenas financeiro para a empresa, mas sim social e humano, pois impacta diretamente o acesso à água de milhares de pessoas. Em regiões como o Sertão, onde já existem calendários de abastecimento rigorosos, a ação de criminosos deixa famílias inteiras sem água, agravando uma situação já delicada.




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